Olá, aqui é o professor Diego, seja bem vindo. Nesse post vamos falar um pouco da produção de alimentos e a relação com os preços. Um bate papo informal, para refletir um pouco sobre o papel social e econômico da agricultura brasileira.
Os preços dos alimentos são formados, em parte, pela lei da oferta e demanda. Quando a demanda aumenta e a oferta não acompanha, observa-se uma escassez do produto, resultando em aumento de preços. Na agricultura isso não é diferente. Quando os agricultores optam pelo cultivo de uma determinada cultura (arroz, milho, soja, etc), um dos principais fatores envolvidos é a rentabilidade no momento da comercialização.
Interessante destacar que a escolha por cultivar uma determinada cultura agrícola ocorre na entressafra. Ou seja, é comum que mais produtores optem por cultivar uma cultura quando o preço está atrativo. A consequência é esperada, com mais pessoas colhendo o mesmo produto, a oferta aumenta e o produto fica mais barato.
No Brasil, estamos vivendo um momento ímpar, de crescente demanda. Isso se baseia em importantes acordos comerciais com a China, Índia, União Europeia, EUA, etc. Comercializar nossos produtos com esses mercados vai nos proporcionar uma oportunidade de investir mais em tecnologias e solidificar de vez o papel do agronegócio brasileiro no mundo.
Entre os desafios da produção agrícola está conciliar a demanda externa e o mercado interno. Até que possamos produzir o suficiente, podemos passar por um momento de menor oferta no mercado interno, o que pode consequentemente resultar em maiores preços. Não se iluda com promessas de congelamento de preços ou influência do governo no mercado, a saída mais sólida depende de inovação, tecnologia e muito trabalho, pra nossa sorte, nossos agricultores são especialistas nisso.
O mundo precisa dos alimentos do Brasil. Aqui temos uma agricultura que consegue conciliar a preservação ambiental, responsabilidade social e rentabilidade, isto é sustentabilidade. Mais do que nunca, o Brasil precisa continuar produzindo mais e melhor. O mundo literalmente tem fome.
Uma ótima semana e vamos em frente,
Atenciosamente,
Prof. Diego
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